E agora o que fazer?
Você finalmente encontra o bofe que sempre sonhou, mas ele te surpreende na cama virando de bunda para cima – quando tudo que você mais queria era levar uma piroca no meio do rabo.
Como lidar se o seu coração bateu mais forte por um boy magia que curte a mesma coisa que você?
Todo mundo sabe que, em uma relação gay, caras passivos procuram os ativos e vice-versa. O problema é que essa busca nem sempre é tão racional, e a posição na cama é, na verdade, apenas um dos vários atributos a levar em consideração na hora de conhecer um possível parceiro.
É importante lembrar que gays não são definidos por preferências sexuais, e um relacionamento vai muito mais além que explosão entre quatro paredes – ou na mesa da cozinha, do escritório, da sala de jantar…
Sexo é, sem dúvidas, muito importante em uma relação, ninguém ousaria dizer aqui o contrário. Mas, no final do dia, o que importa mesmo é o companheirismo.
Para existir intimidade e empatia é preciso conversa, parceria, conhecimento um do outro, admiração e encantamento. E esses são sentimentos que nem o melhor frango assado pode trazer.
Por que conformar-se com apenas 50% de prazer?
Tem gente que diz que diversificar é preciso. Eu não seria tão radical na afirmação.
De nada adianta forçar algo que não tem vontade só para agradar o outro.
Sexo deve ser bom para ambas as partes, sempre.
Agora, o que acontece é que muitos gays decididamente passivos, depois de se apaixonar por um versátil mais inclinado à passividade, acabam comendo um cu para satisfazer o parceiro. E descobrem que podem ser ativos, sim, porque dar prazer ao outro é o que lhes dá prazer.
Você é um passivo totalmente resistente com a ideia de penetrar o parceiro? Tente entender o que ser ativo significa para você e quais são seus medos e bloqueios com relação a isso.
Ás vezes a apreensão pode vir do medo pelo desconhecido, quando é a primeira vez. Ou por não querer frustrar a expectativa do parceiro, já que comer cu não é a sua praia.
A boa notícia: você sabe exatamente como agradar o seu boy!
Sim, a dica é fácil: faça exatamente o que gostaria que um ativo fizesse com você!
Porém, se chegar à conclusão de que realmente não gosta, não se imagina, nem tem a menor vontade (mesmo que isso represente o seu bofe delirando de tesão), fique tranquilo, nem tudo está perdido. Há outras maneiras de driblar a falta de rola no rabo.
Nova tendência: Gouinage
Para você que achou que as modalidades passivo, ativo e versátil já estavam de bom tamanho, te apresento os gouinés.
Na tradução exata, gouiné seria algo como um gay “lésbico” ou um gay que faz sexo da mesma forma que as lésbicas. A palavra francesa gouinage significa em sentido literal “lesbianismo”, mas não é associada exclusivamente às lésbicas. Ela remete à prática sexual que consiste no sexo sem penetração.
Sim, existe sexo sem penetração.
Na França, o gouinage é discutido como uma nova tendência, já no Brasil o tema é recente, mas claro que a prática é comum desde sempre. Ela só ganhou um nome phynno.
O gouinage é o que chamamos no senso comum de sexo preliminar. Para os adeptos, a etapa já suficiente para se atingir o orgasmo.
Seria a solução para a incompatibilidade de dois ativos ou dois passivos? Sim! No gouinage não há ativos nem passivos, ambos têm a mesma preferência sexual.
E de que forma os gouines se soltam sob os lençóis? O sexo oral é uma das práticas. Tem também o frottage (fricção em francês), que consiste no ato no esfregar um pênis no outro.
O gouinage é o sexo das sensações. Se utiliza todo ato sexual para a exploração dos sentidos: o olhar, o toque e o gosto.
Esqueça as rotulações
Existe muita pressão em cima das categorias ativo, passivo, versátil, gouines, ou sabe se lá quais outras que ainda serão inventadas, mas o que elas mudam, afinal?
Aplique a lei da vontade! Tem vontade de ser passivo só com namorado? Seja! Normalmente é passivo, mas quer ser ativo? Seja!
A construção da identidade não é influenciada pelo poder mágico do pênis, esteja você em qual ponta dele estiver. O correto mesmo é ser quem você é e não forçar ser ativo ou passivo. Ninguém é obrigado a nada.
No fim das contas, o que importa de verdade é o seu prazer.
Se há amor, há prazer
Voltando ao dilema, dois passivos podem namorar?
Sim, claro que sim. Se eles se amam, podem entrar em um acordo e estimular seus prazeres de outras formas.
Além do mais, existem vários brinquedinhos (vibradores, pau de borracha e etc) que podem ajudar. É sempre possível explorar métodos criativos para apimentar o sexo.
Fonte: Meuboymagia