A modelo Viviany Beleboni dividiu opiniões no domingo (7) ao aparecer crucificada e cheia de hematomas na 19ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Tanto por parte de fundamentalistas religiosos quanto de pessoas que compõem a diversidade sexual e de identidade de gênero.
No discurso, enquanto alguns criticavam a comparação com Jesus e diziam que a manifestação estava apelativa. Outros defendiam que ela conseguiu transmitir a mensagem dos crimes que rondam a comunidade LGBT e de como ela é crucificada pela sociedade.
Em depoimento, Viviany - que é uma travesti já conhecida por trabalhos fotográficos e participações em programas de TV - declarou que a ideia não foi ofender a religião. Ao contrário, foi representar os homicídios que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais sofrem no Brasil, baseados na ideia da crucificação diária e recorrente da cultura homofóbica e transfobia.
"Representei todas as mortes e agressões que vem acontecendo contra a classe LGBT e também por falta de leis. Jesus morreu por todos, foi humilhado, motivo de chacota, agredido e morto, é o que vem acontecendo diariamente com LGBTs", defendeu.
Durante o percurso, Viviany diz que não pensou nas polêmicas, mas que lembrou das vários amigos que morreram vítima da homofobia e transfobia. "Chorei lembrando de amigas minhas que faleceram há alguns dias. E é por isso que digo que as críticas aparecem de quem é iludido ou nunca sentiu o preconceito".
Fonte: Acapa
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