Publicada pela revista internacional Medicine, a nova pesquisa entrevistou 4.176 homens de 11 capitais e Brasília, de modo a representar todos os estratos sociais. Desses, 3.958 aceitaram fazer o teste do HIV, com 18,4% de resultados positivos. A pesquisa anterior, de 2009, com a mesma metodologia, encontrou prevalência de 12,1%. “É um número altíssimo. São vidas e vidas em risco”, diz Lígia Kerr, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e que coordenou ambos os trabalhos.
No grupo entrevistado, 83,1% se declaram gays, 12,9% heterossexuais ou bissexuais e 4% outros. Do total, 75% transam só com homens. O estudo utilizou de uma metodologia americana que recruta pessoas-chaves (chamadas de sementes) para serem entrevistadas e testadas duas vezes. Essas, por sua vez, indicam outras pessoas com o mesmo perfil e assim por diante. Foram feitos dois testes do HIV, a maioria em unidades de saúde. Metade dos participantes foram testados pela primeira vez na vida.
A pesquisa ainda apontou que entre 15 e 19 anos, a taxa de soropositivos triplicou (de 2,4 para 6,7 casos por 10 mil habitantes). Entre 20 e 24 anos, o índice dobrou (de 15,9 para 33,1 casos por 100 mil). Dados do Ministério da Saúde mostram que só 56,6% dos jovens entre 15 e 24 anos usam camisinha com parceiros eventuais.
Fonte: Pheeno
Nenhum comentário:
Postar um comentário