A proposta está na Câmera Legislativa de Buenos Aires há dois anos. Mas só nos últimos dias passou a ser discutida.
A deputada estadual Maria Rachid, que é aliada do governo de Cristina Kichner, é a autora do projeto, que ainda precisa passar por comissões antes de ser levado a plenário.
A nova lei prevê o subsídio mensal para travestis, transexuais e transgêneros com mais de 40 anos e que morem em Buenos Aires.
Ela afirma que o projeto tem como base estatísticas de organizações internacionais. A expectativa média de vida na América Latina é, em média, de 70 anos. Mas para travestis, transgêneros e transexuais vivem bem menos: de 35 a 41 anos.
Na Argentina, a maior parte desse grupo trabalha em atividade sexual - mais vulnerável à violência e a traficantes.
Na conta oficial, feita a partir da lei que, há dois anos, permitiu a mudança de registro da identidade de gênero, a Argentina tem 6 mil travestis, transexuais e transgêneros. A maioria vivendo no interior. Em Buenos Aires mesmo são apenas 400 pessoas.
Nas ruas da capital Argentina, muita gente concorda com a ajuda. Mas são contra o valor proposto - oito mil pesos mensais - cerca de R$ 2,4 mil.
“É disparate. Por que os aposentados estão ganhando 3,5 mil pesos e os travestis 8 mil pesos? Não pode ser”, comenta um homem.
“Os que trabalharam toda a vida não chegam nem perto disso”, reclama uma aposentada.
A advogada da organização que defende minorias e apoia o projeto, diz que a lei ampara quem sofre preconceito a vida inteira. E que os críticos a lei deveriam se colocar no lugar das vítimas.
Fonte: Globo.com
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