São homens, fazem sexo apenas com mulheres, não se identificam com
os valores e comportamentos dos gays, mas se intitulam com uma palavra
parecida: “g0y”. São heterossexuais, no entanto, liberais nas relações
com outros homens. Entre os amigos g0ys, podem rolar beijos, amassos,
sexo oral e carícias íntimas, mas “não há sexo (penetração anal). As
relações g0ys são mais homoafetivas”, explicou um dos líderes do
movimento no Brasil, Master Fratman. É uma amizade masculina sem
preconceitos, de acordo com o g0y Joseph Campestri. Segundo ele, são
homens que se permitem demonstrar carinho e sentimentos por outros, e
estão fora das normas homossexuais e heterossexuais solidificadas na
sociedade.
O movimento surgiu nos Estados Unidos no início dos anos 2000, nas
fraternidades masculinas universitárias, entre skatistas e surfistas,
segundo informações de líderes. No Brasil, a filosofia g0y começou a ser
divulgada por blogs dez anos depois, de acordo com Campestri, um dos
pioneiros a abordar o assunto no País, e logo se espalhou. Em novembro,
uma das principais comunidades de g0y no Facebook reunia apenas 43
membros. Em abril deste ano, o número passou para quase 700.
O vídeo “g0ys rugby g0ys”, publicado no Youtube e com mais de 40 mil
visualizações, mostra exatamente o tipo de relacionamento descrito
pelos entrevistados. Um grupo de amigos faz jogos, ingere bebidas
alcoólicas e em meio às brincadeiras, se beijam, se abraçam, trocam
carícias íntimas e se divertem.
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